Medo, dor, angustia, esperança, homens na menoridade sem meios para sair dela. Eles têm pressa, a força policial chega, alguns jovens com escopetas e fuzis na mão, procuram refúgio para recomeçar o fluxo do tráfico. Na mente um vazio, poderiam ser homens do exército nacional, defender a pátria, culpados? Eles escolheram o caminho do crime? O cerne dessa deficiência se encontra na educação, todavia, a política da guerra para o estado parece ainda a solução mais eficaz. E as crianças que tem um olhar curioso, uma filosofia inocente, será que receberam respostas que irão contribuir de forma positiva no desenvolvimento da sua personalidade, no seu crescimento, no processo educacional? Da forma como age uma parte dos parlamentares, vejo essa ideologia distante. Guerras nas favelas é o melhor caminho? Patrulham o complexo do alemão, dominaram, ergueram a bandeira brasileira, ótimo. E as famílias que habitam ali, merecem tal invasão, e a diarista que foi empurrada por um militar? E a patrulha dos portos, fronteiras, aeroportos clandestinos? Isso não acontece com eficácia no Brasil. Meus amigos, remendo novo em pano velho não segura, o pano tem que ser novo. Uma nova forma de educar, de fazer política, seria o início de um processo arduo para um futuro de uma nação liberta, através do olhar interdisciplinar, multidimensional, que nos leve ao esclarecimento libertando-nos das correntes que foram colocadas de forma tácita. Que nos aliena, mutila e nos conduz para o caminho da barbárie.
Honório Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário